Abre os olhos e percebe que ela vem se aproximando de forma magistral. Tem suas curvas e sinuosidades realçadas pelo feixe de luz que passa pela fresta da porta. Não consegue ver seu rosto, mas sente o seu cheiro. Excita-se selvagemmente como um animal ao ver a fêmea no cio exalando seus ferormônios. Aquele corpo emana lascívia. Não sabe o que se passa ao seu redor e ainda não consegue mover-se bem. Está ao mesmo tempo meio anestesiado e com seus sentidos a flor da pele.
Ao tentar se levantar percebe que está numa sala de cirurgia trajando apenas uma camisola branca que lhe expõe as nádegas e o entrega quanto a sua libido despertada. Agora de pé e ainda tonto, sente atravessar-lhe o peito um iatagã dilacerando-lhe as vísceras de forma fatal. Cai no chão e sente seu corpo suar. Treme de frio enquanto observa aquela deusa majestosa sair da sala com o sabre ainda pingando as gotas de seu sangue clorofilado.
Acorda suado ainda nervoso com a sensação de que permanecia no encontro da morte e encontra ao seu lado sua garrafa de cachaça. Toma outros goles e agora mais tranqüilo volta a dormir, acomodando-se com a dor nas costas que ainda permanece.
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