quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sorriso amarelo

A copa da Europa é da Europa. E o favoritismo sul-americano na competição não passou das quartas de final. Nossos hermanos alve-royal de Carlitos Teves que por sinal embeleza o futebol brasileiro no Corinthians, não conseguiram derrubar a muralha do país de Berlim. E ela tem nome. Lehmann. Foi com ele que a dona da casa mandou nossos vizinhos mais cedo para a sua Europa sul-americana.

Já a seleção canarinho, pentacampeã, maior promessa da copa com todos os seus craques, e ainda a seleção mais cara do mundo, não sei se podíamos falar de uma promessa sul-americana na copa. Vinte dos vinte e três jogadores da seleção jogam fora do Brasil. Era um futebol europeu vestindo verde e amarelo, defendendo uma pátria que tão pouco freqüentam.

A seleção mais colossal se perdeu na busca pela sexta estrela. Talvez justamente porque tinha estrelas demais. Não tivemos em toda a copa, uma boa equipe e sim uma equipe com bons jogadores. Mas que decepcionaram. E muito.

Quanto ao nosso ilustríssimo professor Parreira, com sua inespressividade de sempre, frio, mais parecendo outro alemão, se mostrou mais cabeça dura do que nunca. Só que agora ele fracassou. Não teve êxito na insistência com seus garotos de trinta e tantos anos nas laterais. E permaneceu no erro como que joga um amistoso.

Ora meu amigo, peraí. Copa do mundo é copa do mundo. Cadê a garra? Emoção? Me parece que técnico e time não queriam jogar. Não corriam atrás da bola e nem ao menos sorriam como arriscou Ronaldinho Gaúcho contra a França de Zidane, le magnifique. Mas aquele sorriso foi tão amarelo quanto a camiseta. Deve ter sido a vergonha.

Gente. Olha o Felipão! Que exemplo de garra. Ele sabe fazer a diferença. Em 2002 ninguém acreditava na seleção, só o Scolari, assim como não esperavam nada de Portugal. Olha agora onde ficaram nossos colonizadores luzitanos sob o comando do técnico que nos trouxe o penta.

E em toda essa globalização do futebol, o Brasil sai à francesa da copa da Alemanha. Cada jogador pra sua casa. Dentre elas, Espanha, Itália, França e até quem diria, Brasil.

Me restou, ora pois, torcer e comemorar com o Felipão. Este gajo mereceu.

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