quarta-feira, 18 de maio de 2011

No twitter, em busca da piada perfeita




Era pra ser engraçado, mas não foi. No lugar de RT, reclamações, e o novo belém-belém, o unfollow.

Com a ascendente popularização do microblog mais polêmico de todos os tempos, surgimento de aspirantes a humoristas veio com na mesma proporção dos novos usuários da rede social. Todos eles querem cravar sua deixa. Milhares de cabeças pensantes (?) antenadas com tudo o que acontece o tempo todo a fim de se popularizar com a mais retuitada piada. Porém, o que vêm acontecendo, é um acúmulo de indignações e manifestações contra o algoz piadista.

Para se fazer -e entender- uma piada, goste dela ou não, é preciso sensibilidade. O que não quer dizer necessariamente que tenhamos que ser tão sensíveis. Nesses novos tempos, a carapuça nunca esteve tão flexível, e vem servindo perfeitamente ao corpo de cada um.

Até poucos anos atrás, o macaco do carro, no programa dos Trapalhões, andava, falava, BEBIA e atendia pelo nome de Mussum. Isso era divertido e, pasmem, normal. Com certeza muito de nós já rimos da reposta que a mãe do Joãozinho dava quando ele perguntava o que ia ser quando crescer. “Nada. Você tem câncer”.  

Nessa era do politicamente correto -apesar do congresso relutar em fazer jus à expressão- a hipocrisia vai mais alto que o balão do padre baloeiro. E todos, uma hora ou outra, se ofendem, ou melhor, são vítimas de bullying, e mais uma comoção geral toma conta da internet e demais meios de comunicação.

Acontece que o gordo ri da piada do português. A loira, quando entende, ri da piada do gay. O homem que reclama do novo comercial da Bombril, reclama também das mulheres no volante. Jovens que rotulam os coloridos, cuidavam de um Tamagoshi, o meigo bichinho virtual. E os que fazem a passeata gay, vão às urnas votar no Bolsonaro.

Uma piada tem um alvo. Sempre teve. E ele vai ser atingido. Se for você, revide. Com criatividade, inteligência e, se possível, bom humor. A piada, assim como o cinema, novela, música e tantos outros, é um entretenimento. E o que ela quer fazer é justamente entreter. Só isso. Se você acha que o que um comediante diz é o que ele pensa, ele tem motivos pra dar mais risada de você do que o contrário.

O que não dá é ter que explicar, toda vez, que o que foi feito foi uma PIADA. Isso sim não tem a menor graça.

2 comentários:

  1. Que tapa na caraq hein? Inclusive na minha.
    É difícil mesmo separar e acreditar que o comediante não pensa de acordo com o que fala. Na real, é quase impossivel.

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  2. adorei!!! as pessoas precisam mesmo ter mais senso de humor... daqui a pouco os comediantes/humoristas vao ficar todos desempregados!!
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/07/comediante-leva-murros-de-espectador-durante-show-em-sp.html

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