Era pra ser engraçado, mas não foi. No lugar de RT, reclamações, e o novo belém-belém, o unfollow.
Com a ascendente popularização do microblog mais polêmico de todos os tempos, surgimento de aspirantes a humoristas veio com na mesma proporção dos novos usuários da rede social. Todos eles querem cravar sua deixa. Milhares de cabeças pensantes (?) antenadas com tudo o que acontece o tempo todo a fim de se popularizar com a mais retuitada piada. Porém, o que vêm acontecendo, é um acúmulo de indignações e manifestações contra o algoz piadista.
Para se fazer -e entender- uma piada, goste dela ou não, é preciso sensibilidade. O que não quer dizer necessariamente que tenhamos que ser tão sensíveis. Nesses novos tempos, a carapuça nunca esteve tão flexível, e vem servindo perfeitamente ao corpo de cada um.
Até poucos anos atrás, o macaco do carro, no programa dos Trapalhões, andava, falava, BEBIA e atendia pelo nome de Mussum. Isso era divertido e, pasmem, normal. Com certeza muito de nós já rimos da reposta que a mãe do Joãozinho dava quando ele perguntava o que ia ser quando crescer. “Nada. Você tem câncer”.
Nessa era do politicamente correto -apesar do congresso relutar em fazer jus à expressão- a hipocrisia vai mais alto que o balão do padre baloeiro. E todos, uma hora ou outra, se ofendem, ou melhor, são vítimas de bullying, e mais uma comoção geral toma conta da internet e demais meios de comunicação.
Acontece que o gordo ri da piada do português. A loira, quando entende, ri da piada do gay. O homem que reclama do novo comercial da Bombril, reclama também das mulheres no volante. Jovens que rotulam os coloridos, cuidavam de um Tamagoshi, o meigo bichinho virtual. E os que fazem a passeata gay, vão às urnas votar no Bolsonaro.
Uma piada tem um alvo. Sempre teve. E ele vai ser atingido. Se for você, revide. Com criatividade, inteligência e, se possível, bom humor. A piada, assim como o cinema, novela, música e tantos outros, é um entretenimento. E o que ela quer fazer é justamente entreter. Só isso. Se você acha que o que um comediante diz é o que ele pensa, ele tem motivos pra dar mais risada de você do que o contrário.
O que não dá é ter que explicar, toda vez, que o que foi feito foi uma PIADA. Isso sim não tem a menor graça.
Que tapa na caraq hein? Inclusive na minha.
ResponderExcluirÉ difícil mesmo separar e acreditar que o comediante não pensa de acordo com o que fala. Na real, é quase impossivel.
adorei!!! as pessoas precisam mesmo ter mais senso de humor... daqui a pouco os comediantes/humoristas vao ficar todos desempregados!!
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/07/comediante-leva-murros-de-espectador-durante-show-em-sp.html